Após compartilharmos conhecimento dentro da web, qual seria o próximo passo? Depois da internet social, entra em cena a internet de dados. Estamos falando de web semântica. Quem dá a definição para este conceito é o próprio criador da World Wide Web, Tim Berners-Lee: “A web semântica não é uma web separada, mas uma extensão da atual. Nela, a informação é dada com um significado bem definido, permitindo melhor interação entre os computadores e as pessoas”. Em uma conferência em 2009, Berners-Lee já chamava a atenção para o futuro da web.
A semântica é o ramo da linguística que estuda o significado das palavras. Na web semântica, também chamada de web 3.0, o conteúdo é supervalorizado e dados isolados são transformados em informações que geram um amplo conhecimento sobre qualquer assunto ou internauta, inclusive sobre você. A partir dos dados do usuário, tais como códigos e símbolos de todos os tipos — desde idade, gênero, fotos, mensagens, até os sites que mais frequenta — a web semântica apresenta resultados personalizados de acordo com as suas características, um reflexo do seu comportamento on-line. É uma forma de dar significado ao montante de informações existentes na web 2.0, que se desenvolveu por meio de “palavras-chave”.
Buscas inteligentes
O exemplo mais recente do que essa tecnologia pode ser capaz, é o Google Knowledge Graph (Gráfico do Conhecimento). Essa nova ferramenta promete aprimorar o sistema de buscas, fazendo com que ele seja capaz de diferenciar termos semelhantes entre si. O sistema consegue descobrir os fatos mais importantes sobre uma pessoa ou lugar, dando destaque para esses dados. Quando há um conflito entre palavras semelhantes, o Knowledge Graph faz perguntas para saber o que você realmente quer encontrar. A identificação dos termos mais relevantes é feita com base nos dados coletados pelo Google durante anos. Além de fornecer resultados mais específicos, o Knowledge Graph traz ainda fatos relacionados ao termo, dando possibilidade de conhecer coisas novas sobre o item pesquisado. Como podemos perceber, este gráfico do conhecimento, como qualquer outro gráfico, é feito de dados. Daí a importância disso para o desenvolvimento da web 3.0. De acordo com a empresa, esse é um primeiro passo para a construção da próxima geração de pesquisa, que se apropria da inteligência coletiva da web. Para testar o Knowledge Graphic, clique aqui.
Outro buscador, o Bing, acredita que por trás de toda a engenharia de buscas por meio de palavras-chave, alguma coisa se perdeu. A empresa está desenvolvendo uma forma mais interativa de buscas, incorporando as redes sociais. O novo Bing irá trazer resultados com a indicação de links para serviços relacionados ao termo pesquisado e, além disso, irá integrar seus contatos do Facebook, para ajudar a encontrar o que você procura. Será possível consultar seus amigos em tempo real sobre o assunto que está buscando.
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