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Spritz: a tecnologia renovando o hábito de ler

Spritz: a tecnologia renovando o hábito de ler

Atire a primeira pedra quem nunca precisou concluir uma leitura mais rápido do que o tempo que tinha disponível para isso. Seja um livro para a faculdade, um artigo importante para o trabalho, um conteúdo que na certa cairia numa prova. Para dar conta, muitos acabam “olhando por cima” e torcem para que ninguém lhe cobre justamente a parte que não foi possível ler.

Bem… ainda que você não tenha passado exatamente por isso, quem tem o hábito de ler provavelmente já quis concluir o mais cedo possível um livro interessantíssimo, porém, extremamente grande – George R. R. Martin mandou lembranças –, não é verdade? Pois então. Uma startup localizada em Boston, nos Estados Unidos, desenvolveu um sistema de leitura chamado Spritz. Com ele, é possível ler mais conteúdo, de maneira mais veloz e com um nível de retenção mais elevado. Pelo menos é o que prometem os criadores da ferramenta.

A ideia é disponibilizar esse novo método de leitura em aplicativos móveis, como tablets e smartphones, e também na web. Dessa maneira, os usuários poderão ler um conteúdo de treze em treze caracteres. Segundo as pesquisas desenvolvidas para criação da ferramenta, é esse o volume de letras que o nosso cérebro é capaz de captar. A cada conjunto de letras, o Spritz destaca a que está à esquerda do centro de cada palavra: exatamente o ponto onde somos capazes de decifrar um amontoado de letras. Dessa maneira, não é necessário perder tempo decodificando uma palavra, frase ou página inteira. Mais focado, o cérebro processa mais rápido e nos faz ler mais.

De acordo com os idealizadores, o Spritz não cansa. Durante os testes, um dos voluntários leu por duas horas ininterruptas e só parou porque “precisou fazer xixi”, diz o texto bem-humorado disponibilizado no site da startup. Além disso, afirmam, a ferramenta é capaz de ajudar disléxicos e também pode ser utilizada sem nenhum problema por crianças que estão começando a adquirir o hábito da leitura.

Por enquanto, o Spritz está pronto para ser usado nos idiomas inglês, espanhol, francês, alemão, russo e coreano. Em breve também deverá ser possível ler em chinês.

A startup está em conversas avançadas para disponibilizar o Spritz para o grande público. De acordo com o site Elite Daily, a Samsung já demonstrou interesse no projeto e logo já deve estar disponibilizando-o nos aparelhos da marca. No site da Spritz, o sistema operacional iOS também é citado. Depois de três anos de pesquisa e muitos testes, a forma como lemos pode estar prestes a mudar. Spritz já virou até verbo, segundo os criadores.

E aí, vai querer Spritzar?

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