Precisamos falar sobre redes sociais e marketing de conteúdo. Como tantos conceitos, tecnologias e práticas que se modificam e se atualizam com o tempo, a relação entre esses dois fatores também mudou de uns anos para cá. Afinal, quando as redes sociais começaram a se popularizar como meios efetivos de comunicação entre as empresas e clientes, o discurso mais difundido era de que havia a necessidade de estar presente em todas elas.
O pensamento era que, quando as pessoas buscassem por seu produto ou serviço, elas não deveriam ter dificuldade em encontrá-lo. Não estar ali, portanto, era abrir espaço para a concorrência.
De fato, este não era um posicionamento absurdo. Contudo, da mesma maneira que as relações comerciais se modificaram, a presença nas redes sociais também passou a ser cada vez mais uma questão de estratégia do que de alcance. Vamos entender por quê?
A relação entre marketing e alcance
Para entendermos melhor as mudanças na relação entre redes sociais e marketing de conteúdo, precisamos compreender — mesmo que de maneira bem sucinta — as modificações do marketing enquanto iniciativa de impulsionamento comercial.
Há algum tempo, um bom marketing era aquele que permitia um bom alcance da mensagem. Quanto mais pessoas vissem o seu recado e a sua marca, melhor. O relacionamento não fazia parte desta etapa, inclusive porque era uma comunicação unilateral, da empresa para os clientes. O retorno só era possível quando a pessoa já tinha avançado na jornada de compra, e ela ocorria diretamente com o vendedor.
Assim, quando as redes sociais se popularizaram como consequência da disseminação da internet no dia a dia das pessoas, a lógica permanecia a mesma. Até que estes próprios canais começaram a oportunizar a segmentação como ferramenta para diálogo com pessoas que efetivamente tinham interesse nos produtos oferecidos.
Dessa maneira, não fazia sentido, por exemplo, uma imobiliária direcionar tempo e recursos em estratégias que alcançassem uma multidão de gente, sendo que apenas uma pequena parte desse contingente estava interessado em comprar imóveis ou terrenos. Melhor seria focar a comunicação apenas para quem demonstrava algum interesse nisso.
Logo, o melhor alcance passou a ser não mais aquele para as massas, mas um qualificado e direcionado. E o melhor: focado na venda. Deixou de ser interessante, então, aquela comunicação sem retorno. O relacionamento passou a ser buscado porque é ele que vai aproximar empresa e público e, desse modo, conduzir à venda. E o conteúdo virou o motor dessa aproximação.
Redes sociais e marketing de conteúdo: como é o cenário hoje
Do mesmo jeito que as redes sociais permitem a segmentação, elas próprias passaram a concentrar um público diferente, dependendo de suas características. Uma rede como o Facebook, por exemplo, concentra um perfil de usuários totalmente diferente do que o LinkedIn. De acordo com uma pesquisa do World Internet Stats, a faixa de idade dos usuários da rede de Mark Zuckerberg está entre 18 e 34 anos.
Já o LinkedIn concentra uma audiência mais velha, majoritariamente de pessoas já com pós-graduação e 99,7% está lá em busca de networking, parcerias ou para reforçar o marketing profissional, uma preocupação que não há no Facebook. Com isso, a rede acaba sendo interessante para indústrias, por exemplo.
No Twitter, por sua vez, ainda que o alcance seja menor que redes como o Instagram, 75% dos usuários se dizem fiéis às marcas que consomem, mas tem uma característica mais voltada para o varejo e serviços para o público final.
Porém, saber desses números isoladamente não adianta. Uma empresa que quer estar no TikTok só porque é a rede do momento pode não estar fazendo um bom investimento. De acordo com a própria rede, são 7 milhões de brasileiros conectados a ela, com duas vezes mais usuários ativos do que o Spotify, por exemplo. Contudo, 40% do público tem idade entre 16 e 24 anos.
Se a sua empresa é um B2B, estar no TikTok pode não ser estratégico. Às vezes nem o Facebook é a rede mais adequada, por mais popular que ela seja. Gigantes como Unilever, Coca-Cola, Pepsi, Starbucks, Honda e Levi’s não investem mais na maior rede social do mundo em suas ações de marketing. Portanto, ser estratégico é a melhor decisão — e isso não significa estar ausente, nem se afastar do público.
O que fazer para usar as redes sociais corretamente
Não adianta fazer uma conta em rede social só por fazer. Aí está a relação entre redes sociais e marketing de conteúdo: é preciso produzir conteúdo para alimentá-la e fazer o esforço dar certo. Caso contrário, a imagem positiva e presente que você quer passar não vai se efetivar.
Esse conteúdo, aliás, precisa ser qualificado e coerente com a proposta da rede social e, ao mesmo tempo, com o perfil da sua empresa. Sabendo disso, outras questões fundamentais são:
- Foque em ações que levem o seu público aos canais da sua empresa, como o blog, site ou landing pages. O objetivo principal precisa ser iniciar um relacionamento comercial para que a venda seja efetivada.
- Uma atuação eficiente em redes sociais e marketing de conteúdo requer mais do que apenas estar on-line. É preciso produzir conteúdo útil e qualificado. Viralizar pode gerar alcance, mas não gera venda.
- Fuja das métricas de vaidade. É muito bom ter milhares de seguidores e notificações cheias de comentários. Mas se eles são apenas de funcionários ou de usuários comprados em listas de seguidores, não haverá efeito positivo no seu negócio. Inclusive, você pode ser punido pela rede social.
- Monitore sempre as redes sociais. Comentários e mensagens podem ser bons canais de entrada para os conteúdos da sua empresa.
- Invista em consultoria em marketing de conteúdo para saber quais estratégias são mais efetivas de serem adotadas.
- Caso haja alguma rede social segmentada para a sua área de negócios, considere ela em detrimento a outra mais popular. Estar cercado de leads qualificados é melhor do que ter ao entorno um monte de gente desinteressada daquilo que você tem a oferecer.
Aqui na Humantech, nós podemos ajudar a sua empresa a fazer com que redes sociais e marketing de conteúdo sejam estratégias poderosas para o seu negócio. Entre em contato conosco e saiba como! Se preferir, você pode deixar o seu comentário no espaço abaixo. Aproveite e compartilhe este artigo com seus colegas!