Por que começar um texto sobre criatividade com representações de folhas em branco? Essa pode não ser a imagem mais criativa que você já viu, mas representa o início de um processo que não acontece por acaso. Uma folha em branco e uma ideia na cabeça. Parece fácil a transição, mas não é bem assim. Freud, Einsten, Picasso, Da Vinci. Todos esses gênios já encaram o peso da alvura à sua frente. A lauda branca representa o nada e, ao mesmo tempo, todas as possibilidades. É o ponto de partida do grande desafio de criar algo diferente.
O que é?
Definir o que é criatividade é difícil. É possível encontrar referências divinas, filosóficas, psicológicas, psicanalíticas, humanistas, entre outras. Para Freud, a criatividade está relacionada à imaginação, que estaria presente nas brincadeiras e nos jogos da infância. Nessas ocasiões, a criança produz um mundo imaginário, com o qual interage rearranjando os componentes desse mundo de novas maneiras. Albert Einstein associava a imaginação com o conhecimento. “A imaginação é mais importante que o conhecimento. O conhecimento é limitado. A imaginação envolve o mundo”.
Durante o século XVIII, para explicar a capacidade criativa de Da Vinci, Vasari, Telésio e Michelângelo, muitos pensadores associaram criatividade e genialidade. Kant entendeu a criatividade como um processo natural, que obedece a leis próprias e imprevisíveis. A partir daí, concluiu que a criatividade não pode ser ensinada formalmente. Além de gênio, essa teoria identifica a criação como uma forma altamente desenvolvida da intuição, tornando o criador uma pessoa rara e diferente.
Mas, como esse é um post sobre criatividade, vamos tentar ser criativos e fazer nossa própria definição sobre o tema a partir desses diferentes conceitos. Aliás, criatividade é isso: uma mistura. Sabe aquele conceito de inspiração divina? Puf! Do nada surge uma ideia brilhante. Quase sempre não é assim. Ser criativo é saber identificar pontos de ligação entre fatores distintos para criar algo inovador. Isso demanda conhecimento, estudo, prática e criação de processos próprios.
Como?
Voltando a questão colocada no título, diante de tantas conceituações, na prática, muitas vezes, mais importante do que saber “o que é a criatividade”, é “como ser criativo”. São duas questões implícitas uma em outra. Afinal, sua resposta para a primeira pergunta (o que é) vai depender de como responde a segunda (como faz). Contrariando Kant, muitos pesquisadores indicam que a criatividade pode ser desenvolvida por meio de técnicas específicas. Os processos variam de acordo com o perfil de cada um. A seguir, confira um vídeo com experiências de profissionais de diferentes áreas sobre processos criativos:
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