Ter um site é fundamental para qualquer negócio se fortalecer no mercado, pois além de servir como a identidade on-line da marca, é um importante canal na atração e conquista de clientes. Ao longo do tempo, o processo de construção dessa plataforma foi aperfeiçoado com o objetivo de proporcionar melhores resultados e, hoje, uma metodologia que está ganhando cada vez mais espaço é o Growth Driven Design (GDD).
Esse tema não é novidade aqui no blog. Em outro post, já explicamos como esse método refere-se a uma nova maneira de projetar e publicar sites em um tempo menor quando comparado ao de costume, atualizando-o com maior frequência. Como vimos, a característica principal dela é o fato de focar todo o projeto do site em dados gerados pelos próprios usuários conforme navegam no canal, de modo que proporcionar uma boa experiência para eles é uma prioridade.
A partir dessa ideia, o GDD é sustentado por três pilares:
- Redução dos riscos de web design tradicional: A estratégia tem o objetivo de evitar os riscos normais da forma tradicional de web design, como não ter os elementos adequados para os usuários. Nesse sentido, é utilizada uma abordagem sistemática que reduz o tempo de publicação on-line.
- Aprendizado e desenvolvimento constante: Frequentemente são realizadas pesquisas e testes, visando aprender sobre a audiência e, assim, promover melhorias na experiência das pessoas durante a navegação. Com essas constantes melhorias, a performance do site atinge seu ápice.
- Parceria com os setores de marketing e vendas: O Growth Driven Design está intimamente ligado a esses dois departamentos. Eles precisam trabalhar juntos para conseguir as informações necessárias, encontrar as ações mais apropriadas e conquistar os consumidores. Assim, todos os dados obtidos em relação aos visitantes são compartilhados com os departamentos de marketing e de vendas a fim de que desenvolvam as estratégias mais adequadas, visando conquistar o objetivo desejado.
Passo a passo para implementar o Growth Driven Design
Os benefícios de utilizar esses princípios já são comprovados por várias empresas e variam desde a agilidade do processo, conforme já comentamos, até a facilidade em desenvolver material personalizado para o público-alvo, considerando em que fase da jornada do consumidor cada pessoa se encontra. Por isso, o Growth Driven Design ganha cada vez mais espaço nos projetos de desenvolvimento web. Mas você sabe como implementar essa técnica? Bom, o processo, de modo geral, acontece em duas fases principais, conforme explicamos a seguir:
Primeira fase: da construção da estratégia ao lançamento
A estratégia
Assim como no método tradicional, o primeiro passo a ser feito também é elaborar um plano estratégico, construindo uma base forte para o desenvolvimento de todo o projeto. Por isso, este é um momento de extrema importância, no qual devem ser considerados alguns aspectos:
- Objetivos: Analise quais são os objetivos pretendidos em relação aos resultados obtidos até então. As ações já conduzidas ou em andamento devem ser revistas para identificar em quais pontos pode-se melhorar e como isso vai impactar nas estratégias de marketing.
- Personas: O próximo passo é definir as personas, ou seja, o perfil das pessoas que acessam o site da sua empresa. O Growth Driven Design desenvolve todas as suas estratégias em torno dos usuários, sendo, portanto, fundamental conhecer bem quem eles são.
- Pesquisa quantitativa: Esta é a hora de analisar dados. Caso sua empresa já tenha um site, avalie a performance dele, verificando quais elementos proporcionam ou não um bom resultado.
- Pesquisa qualitativa: Agora é preciso pesquisar junto aos atuais clientes informações sobre eles. É nessa pesquisa em que os objetivos e as motivações do público tornam-se claros, permitindo desenvolver as melhores soluções.
- Estratégia geral e por página: A última etapa consiste em desenvolver estratégias tanto para o site, de forma geral, quanto para cada uma de suas principais páginas. Nos dois casos é preciso incorporar todos os dados obtidos nos passos anteriores, promovendo ações que realmente engajem e influenciem o público a cumprir o objetivo estabelecido pela empresa.
A lista de desejos
Após elaborar o plano estratégico, reúna todas as informações e o conhecimento relacionado à sua audiência para escolher ações impactantes, criativas e inovadoras. É importante envolver toda a equipe em um brainstorming, anotando as opções sugeridas sobre: seções e páginas estratégicas; recursos e ferramentas de marketing; características, módulos e funções específicas; elementos de design e mudanças na experiência do usuário, baseadas no país, aparelhos utilizados para o acesso e outras classificações.
No fim da reunião, o seu pessoal terá uma lista com várias ideias. Algumas, obviamente, não serão implementadas, mas é importante ter essa discussão a fim de escolher as melhores possibilidades, afinal, é como diz o ditado: “Duas cabeças pensam melhor que uma”. As ações de GDD são todas desenvolvidas a partir dessa lista e, por isso, é importante ressaltar que ela deve ser flexível, permitindo o acréscimo ou a retirada de itens, conforme os objetivos e necessidades da empresa variam.
O lançamento
Enquanto na forma tradicional o lançamento do site corresponde à fase final do projeto, com o Growth Driven Design ocorre o oposto. Em outras palavras, a estratégia de GDD começa com a publicação do canal e, por isso, ele não precisa estar perfeito neste momento. As atividades e melhorias são, então, implementadas a partir de ciclos de pesquisa e aperfeiçoamento do site, conforme abordaremos melhor adiante.
Você pode perguntar-se agora: E qual seria o tamanho da home? O projeto de desenvolvimento vai ficar mais complexo? Bom, esses fatores dependem exclusivamente dos elementos colocados na lista de desejos, sendo importante direcioná-los para o que realmente proporcione algum retorno e possibilite a publicação rápida do canal.
Análise 80/20 da lista de desejos
A lista de desejos contém inúmeras ideias para serem adicionadas ao projeto, mas você sabe o que realmente funciona com a sua audiência? A resposta será obtida com uma análise dos itens sugeridos e, nessa tarefa, a dica é considerar a regra 80/20. Assim, você deve observar quais são os 20% das ações propostas na lista responsáveis por 80% dos resultados positivos e, apenas após essa avaliação, deve ser feita uma nova seleção e implementar o que for escolhido.
Elaboração de hipóteses para cada ação
Com os elementos escolhidos, é preciso criar hipóteses sobre o funcionamento deles. O objetivo é prever qual será o impacto no público-alvo e como os resultados obtidos levam a empresa na direção das suas metas. Para entender melhor, observe o exemplo no qual foi especificado o que o item vai proporcionar e por que acredita-se nisso:
“Nós acreditamos que Júlia (persona) ficará interessada em conhecer melhor nossa empresa ao acessar a página de soluções (elemento) com a explicação e a importância dos nossos serviços. Esse resultado foi observado nas pesquisas realizadas”.
Etapas do processo web
Os itens classificados como fundamentais são finalmente implementados no projeto de lançamento do site. Nesta etapa também são incluídos conteúdo, arquitetura da informação, experiência do usuário, alinhamento com as estratégias de inbound marketing, wireframes, design, desenvolvimento, garantia de qualidade e testes.
Implementação dos dados qualitativos e quantitativos
Esta é a última fase do desenvolvimento da plataforma de teste para o lançamento do site: a implementação dos resultados obtidos com as pesquisas qualitativas e quantitativas. Eles irão direcionar a escolha dos elementos-chave, permitindo o aprendizado constante sobre o público e abrindo caminho para a segunda fase do processo.
Segunda fase: o ciclo do Growth Driven Design
Na primeira fase, o projeto piloto do site foi desenvolvido e o resultado dele, colocado no ar. Agora começa a segunda etapa, caracterizada pelo ciclo contínuo de aprendizagem, melhoramento e experimentação do canal. Lembra da lista de desejos feita anteriormente? Ainda existem vários itens fundamentais que podem ser acrescentados, certo? Talvez este seja o momento de implementá-los, levando sempre em conta o perfil da sua audiência.
Por esta razão, é preciso questionar em cada ciclo como o desenvolvimento do site está se relacionando com os visitantes e qual o valor que proporciona para eles. Se, porventura, a importância de algum elemento não estiver clara, é preciso voltar alguns passos e reavaliá-lo.
Um ciclo é realizado em três etapas:
1 – Planejamento
Os elementos que podem proporcionar os melhores resultados devem ser identificados e os principais deles, acrescentados no ciclo atual. Por isso, é importante realizar um planejamento, considerando:
- Performance X objetivos: Os resultados obtidos até o momento são analisados e comparados com os objetivos da marca. Assim, é possível identificar onde estão as oportunidades para aprimorar o canal.
- Dados extras e pesquisa: O último ciclo e a análise performance X objetivos proporcionam informações importantes que ajudam, inclusive, a escolher quais ações devem ser implementadas na lista de desejos.
- Aprendizado obtido com os setores de marketing e vendas: Conforme já comentamos, as ações de Growth Driven Design precisam caminhar junto das áreas de marketing e de vendas, observando o que foi aprendido sobre o usuário desde o último ciclo e utilizar essas informações nos elementos implementados no projeto. Suponhamos, por exemplo, que o marketing tenha elaborado artigos para o blog sobre determinado tema cuja repercussão foi ótima. A equipe deve, então, questionar-se como usar esse conhecimento e acrescentar itens na lista de desejos que otimizem a estratégia de GDD.
- Brainstorming e lista de desejos: A partir de todos os dados e aprendizados obtidos até aqui, deve-se fazer outro brainstorming a fim de determinar novos itens a serem acrescentados na lista de desejos. De modo geral, as ações sugeridas precisam estimular o usuário a iniciar uma conversa, melhorar a experiência dele, personalizar a plataforma e construir recursos de marketing.
- Atualizações gerais do site: Naturalmente surgem, ao longo do processo, mais ideias de atualização do site. Todas elas devem ser acrescentadas à lista de desejos e priorizadas de acordo com o impacto que têm para os objetivos estabelecidos e o valor para o público.
- Implementação dos elementos: As ações a serem incluídas no novo ciclo são escolhidas. A quantidade de alterações depende do tempo estipulado para essa parte do processo, priorizando aquelas com melhores resultados.
2 – Desenvolvimento
Com o planejamento em mãos, incia-se a segunda parte do ciclo, quando são colocados em prática todos os elementos classificados como relevantes. Cada item funciona como um experimento e o impacto dele deve ser, portanto, observado. Para isso, fique atento às métricas.
Quando tudo estiver devidamente on-line, pode-se fazer uma campanha de marketing com o objetivo de gerar tráfego. Um bom exemplo são postagens em blogs e em redes sociais. Escolha, com as equipes de marketing e de vendas, qual é a melhor estratégia durante a fase de planejamento.
3 – Aprendizagem e transferência
Após um determinado período, o site atualizado já apresenta novos dados sobre o desempenho obtido. Essas informações são coletadas e analisadas para validar ou não as hipóteses feitas para cada item e consideram se o impacto foi o mesmo que o previsto, por que isso aconteceu ou não, o que os resultados ensinaram sobre os visitantes e o que foi aprendido sobre eles que antes não se sabia. É importante compartilhar esse conhecimento com todos os envolvidos em um banco de dados a partir do qual pode-se observar tendências e padrões do público-alvo.
Agora sim chegamos ao fim de um ciclo de Growth Driven Design, mas não à conclusão do processo. Lembre-se: essa metodologia trata de ações de aprendizado e desenvolvimento contínuo, desta forma, quando um ciclo termina, um novo deve começar. Isso garante o crescimento de maneira rápida e eficaz.
Com essas informações, você já está apto a inciar a implementação do GDD no site da sua empresa. E se precisar de ajuda, entre em contato conosco! Nós temos soluções que podem auxiliá-lo neste processo, totalmente adaptadas à realidade do seu negócio.
