Um dos maiores desafios das cooperativas é compartilhar com funcionários e cooperados a forma com a qual esse modelo de organização funciona na prática, isto é, quais são seus diferenciais e por que tudo isso é importante para a sociedade como um todo para além da questão financeira. E nesse sentido, a educação para cooperativas é uma prática poderosa para que todos estejam alinhados.
Aliás, a educação, aliada ao treinamento e à informação, é um dos princípios do cooperativismo¹, que foram firmados em 1844, na Inglaterra, quando ocorreu a fundação da primeira cooperativa formal de todo o mundo. Dessa forma, a preocupação com o compartilhamento de conhecimento faz parte das raízes de todas as cooperativas, independentemente do seu porte ou segmento.
É claro que, na prática, a educação, por vezes, acaba ficando em segundo plano diante da rotina cada vez mais agitada dentro dessas organizações. No entanto, como veremos neste artigo, a educação para cooperativas é uma prática poderosa que pode auxiliar em diversas outras operações internas e trazer bons resultados para esse tipo de instituição. Acompanhe!
Por que a educação para cooperativas é importante
A educação é um fator essencial para todo tipo de negócio e o motivo é muito simples: é preciso que todos os colaboradores, franqueados, parceiros, lideranças, entre outros agentes estejam alinhados, tanto em relação a como fazer as suas atividades quanto no que diz respeito aos valores, princípios e objetivos da organização. E para isso, nada melhor que a educação corporativa.
Acontece que, nas cooperativas, a educação ganha um contorno ainda mais significativo. Como você sabe, esse tipo de instituição funciona de uma maneira diferente de outros tipos de empresa e quem não conhece esse segmento, por vezes, não entende quais são as distinções, os valores, as práticas e todo o modo de operação que faz parte do cooperativismo.
O problema é que quando os funcionários ou os cooperados não têm conhecimento sobre questões como essas, gerenciar a cooperativa se torna um grande desafio. Afinal, trata-se de uma organização com processos e atividades distintos de outras instituições. Um exemplo: em uma cooperativa, todos os cooperados são donos dos bens. Em uma empresa, os bens são apenas dos seus proprietários.
Todas essas noções sobre cooperativismo precisam estar claras para funcionários e cooperados. Isso porque o primeiro grupo deve estar atento a todas as operações para não cometer nenhum erro. E o segundo precisa estar ciente de como funciona esse modelo de organização para que suas expectativas sejam formadas com base na atuação de uma cooperativa, e não de uma empresa comum.
Como investir em educação para cooperativas
Antes de implementar um programa de educação para cooperativas, é essencial planejar e tudo isso começa pela definição das ações, do cronograma e do orçamento. Nesse sentido, é recomendável e seguro contar com a aprovação das lideranças logo no início do planejamento, para que haja todo o suporte necessário para o desenvolvimento das atividades de forma eficiente.
Para decidir como será realizado o treinamento para funcionários ou cooperados, o primeiro passo é entender quais são as necessidades de cada grupo. Isto é, identificar quais são as dificuldades que os colaboradores e cooperados têm e que poderiam ser resolvidas com ações educacionais. No caso da equipe, podemos citar os treinamentos de integração para novos profissionais, por exemplo.
Além disso, assuntos como atendimento, segurança das informações, entre outros tópicos que fazem parte da rotina de cada setor também podem ser tema de capacitações. Aliás, um conteúdo comum tanto para profissionais quanto para cooperados é o que é cooperativismo e como ele funciona, que pode ajudar os dois grupos a se adaptarem melhor a esse modelo.
Os treinamentos com cooperados também podem envolver temas específicos do segmento no qual a cooperativa atua. Um grupo de produtores rurais que se unem em cooperativa para comercializar suas mercadorias, por exemplo, pode receber treinamentos específicos sobre como cultivar, como variar a linha de produtos, entre outras orientações importantes.
Enfim, identificar as necessidades do público-alvo da ação de educação para cooperativas é essencial para que ela traga os resultados esperados. Já o passo seguinte, é verificar qual é a melhor estratégia para repassar esse conhecimento. Aqui, há opções como os treinamentos presenciais e o e-learning, que precisam ser analisadas em relação ao tipo de conteúdo e ao perfil do público-alvo.
Quando tratamos dos produtores rurais cooperados, uma capacitação presencial em campo, quando se trata de assuntos práticos, ou ainda na sede da cooperativa, quando se trata de um tema mais teórico, pode ser uma alternativa eficaz. Isso porque esse público, por vezes, não está familiarizado com soluções de educação à distância e prefere um contato mais pessoal com os capacitadores.
Já em se tratando dos funcionários ou de uma rede de cooperados que costuma usar a internet com frequência, como nas cooperativas de crédito, o e-learning é uma opção ainda melhor, pois reduz custos e torna o treinamento tão ou mais interativo quanto presencialmente. Além disso, também existe o microlearning, que oferece pílulas de conhecimento que facilitam a assimilação do conteúdo.
Depois de escolher o tipo de treinamento, chega a hora de estabelecer quais informações devem ser repassadas e de que forma isso será feito. No treinamento presencial, você pode usar apresentação de slides, dinâmicas de grupo, palestras, atividades práticas, entre outras ações. Neste caso, também é necessário definir quem será o capacitador ou mediador do treinamento e a duração da atividade.
No e-learning ou no microlearning, você deve escolher uma plataforma para hospedar o material e preparar dentro dela o conteúdo de cada aula. Você pode utilizar vídeos, infográficos, apresentações, artigos e imagens para tornar o treinamento mais atrativo e engajar o público-alvo. Nesses métodos, o usuário faz a capacitação quando e onde quiser, um diferencial importante principalmente para os cooperados.
Por fim, outra ação importante é acompanhar os resultados conquistados por meio das iniciativas. É possível fazer pesquisas de satisfação, avaliar indicadores de acordo com o tema de cada capacitação e conversar com profissionais e cooperados para compreender a sua percepção e avaliação sobre o conteúdo e o método de treinamento.
Assim, você consegue gerar insights para otimizar as iniciativas ou, ainda, ter segurança para investir ainda mais nas práticas de educação para cooperativas!
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E se você quiser contar com o apoio de especialistas para desenvolver um programa educacional na sua cooperativa, conte conosco! É só acessar o nosso site ou entrar em contato com a nossa equipe para entender como podemos ajudar você e a sua instituição.
¹ Sebrae
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