Experiência do usuário (UX, do inglês user experience) e interface de usuário (UI, sigla para user interface) são dois conceitos muito importantes para qualquer empresa que queira ser útil ao seu público e causar uma boa impressão na web. É que UX e UI são responsáveis por contribuir para a navegabilidade de um site. No primeiro, a preocupação está na funcionalidade de todos os campos e ferramentas da página. No segundo, o cuidado tem a ver com o design apresentado.
E por qual razão esses termos são importantes? Ainda que nenhum desses dois fatores seja novidade para qualquer desenvolvedor, hoje os buscadores já estão considerando tais elementos para definir quais portais serão mais bem rankeados. A adequação para mobile, a facilidade de encontrar tudo o que o usuário procura e o bom funcionamento de todos os recursos da página são características importantes para que Google, Bing e Yahoo (só para citar alguns exemplos) considerem UX e UI como parte das ações de SEO.
Por isso, garantir que seu conteúdo seja encontrado na rede não deve ser um trabalho apenas de texto. Claro, ele é importante e precisa ser relevante para que as pessoas deem valor para o que você oferece. Mas este é apenas um dos elementos de comunicação. É preciso implementar todas as práticas de otimização e compreender que a experiência do usuário faz parte dessas iniciativas. Por conta disso, essa experiência precisa reunir todas as equipes — de tecnologia, desenvolvimento e marketing — para que o resultado seja fruto de um esforço coletivo.
Parece confuso? Fique tranquilo! A gente vai explicar certinho, em detalhes, esses termos com exemplos bem fáceis de assimilar. E também vamos ver por que UX e UI são tão importantes inclusive nas estratégias de marketing. Acompanhe.
UX e UI: uma analogia prática para entender os conceitos
Imagine que você precisa ir ao supermercado. Como está viajando, não conhece muito bem qual é o melhor para as suas necessidades. Ao caminhar pela vizinhança em busca de uma boa opção de compras, encontra o primeiro e entra para conhecer. Está tudo ali: os caixas são dispostos de maneira confortável para facilitar a mobilidade, os produtos estão todos precificados e organizados, os corredores são bem espaçados, os setores são bem divididos, há cestinhas espalhadas em locais estratégicos (no hortifruti, no açougue e na padaria) e os carrinhos de compras são limpos, novos e fáceis de conduzir.
Porém, é um supermercado cinza, com prateleiras metálicas que, embora sejam limpas e conservadas, são simples e até um pouco antipáticas. Você não sente vontade de comprar ali. Não há nenhum produto que chame a atenção mais que o outro, ainda que todos eles estejam corretamente expostos. A decoração praticamente não existe. Enfim, não há identidade neste supermercado. Este é um exemplo de uma boa experiência do usuário (UX), mas sem o cuidado com a interface do usuário (UI).
No segundo supermercado você quase se envolveu emocionalmente. Que lugar agradável! Tudo funcionava corretamente como naquele primeiro, contudo, ele tinha um charme especial. A distribuição de cores nos diferentes setores, o destaque a alguns produtos na promoção, o uniforme dos funcionários transmitia uma mensagem de organização e profissionalismo, a iluminação era utilizada de uma forma a valorizar a decoração da loja, enfim. Uma experiência encantadora. Adivinhou quem identificou aqui a integração da interface com a experiência (UI e UX).
Ainda é possível encontrar outras duas situações. Numa delas, o local era bonito e agradável, colorido e atrativo, mas a marcação de preços estava incorreta, a identificação dos corredores não correspondia aos produtos expostos, a rodinha dos carrinhos de compra travavam, produtos de limpeza estavam junto com alimentícios: um caos. De nada adiantava aquele ambiente moderno e agradável se as compras se tornavam complicadas pelos erros do local. Aqui vimos um supermercado com interface, no entanto sem uma boa experiência.
Por fim, encontramos um estabelecimento de puro caos: não é bonito e nada funciona corretamente. Esse, mais do que qualquer outro, você não recomendaria para ninguém, não é verdade? E considerando a concorrência bem próxima a ele (dos outros três já citados), certamente que teria bastante dificuldade em manter-se ativo por muito tempo. Ele quase existe por pura obrigação. Vimos aqui um exemplo de falta de UX e UI.
Aplicando UX e UI nos canais de uma empresa
Deu pra entender bem com o exemplo que elaboramos acima, não é verdade? Porém, ainda falta mostrarmos efetivamente de que maneira esses dois fatores vão contribuir decisivamente para os resultados da sua empresa.
Uma pesquisa feita pela User Testing¹, empresa norte-americana especialista em usabilidade na web, identificou que a cada U$ 1 investido em UX, é possível alcançar um retorno entre U$ 2 e U$ 100, dependendo da forma com que o valor é aplicado. Além disso, a manutenção acaba saindo menos custosa. Afinal, se no desenvolvimento daquele canal houve um cuidado com as questões de usabilidade, então o gasto de tempo e recursos com problemas de suporte é reduzido. Sem falar nos custos do próprio desenvolvimento, que têm a chance de serem minimizados por conta do desempenho do projeto.
Mas essa questão financeira não se limita apenas ao desenvolvimento. Ao proporcionar uma experiência positiva para o usuário, sua empresa é melhor avaliada pelo seu público. Basta você se colocar naquela situação do supermercado que exemplificamos acima: não há dúvidas de que a melhor opção é aquele cuja decoração é agradável e todos os serviços funcionam, não é mesmo?
Da mesma forma, por exemplo, se você apresenta um site em que as informações são facilmente encontradas, os elementos estão em harmonia e são encontrados facilmente, a leitura é prazerosa, ele é responsivo (isso é muito importante e até falaremos melhor sobre daqui a pouco) e o design é criativo, então certamente você será mais confiável, terá mais credibilidade (até porque fica difícil confiar em um site visualmente poluído e que parece amador, não acha?). Enfim, transmitindo mais confiança, todo o conteúdo que você colocar ali será aceito de uma maneira mais sincera pelas pessoas que sua empresa quer alcançar.
Precisamos lembrar também que o conteúdo é um conjunto de fatores, não só o texto. Já dissemos algo assim brevemente lá no início, porém não custa lembrar: é preciso que o texto seja impecável, ele é um “órgão” vital. Entretanto, é necessário que o todo seja harmônico. Um texto excelente e cheio de propriedade em um site pesado e mal projetado vai interferir não só na experiência do usuário, mas também no próprio rankeamento dos buscadores, conforme já comentamos.
Daí é uma consequência de fatores: com as boas práticas de SEO, um texto agradável e correto, um layout bem desenhado e um site com boa usabilidade, os buscadores vão considerá-lo uma fonte útil e segura. Por consequência, você será encontrado por mais pessoas e estas, por identificarem no seu canal um ambiente de informações relevantes e bem estruturado, entenderão que ali é um bom espaço para a busca de conhecimento. Com mais credibilidade, será mais fácil conduzi-lo até um relacionamento que efetive a compra. E por ter tido boas experiências, certamente ele indicará a sua empresa sem medo.
Viu como uma coisa leva a outra? E também como UX e UI são essenciais tanto no desenvolvimento de conteúdo de qualidade e rankeamento nos buscadores quanto nos fatores de uma estratégia de marketing de conteúdo aliada ao inbound marketing? Mas tem ainda outro item que você precisa ficar atento e que vamos tratar a seguir.
Indispensável: site responsivo não é mais opção. É necessidade
Um estudo divulgado em 2015 pela GlobalWebIndex, empresa mundial especializada em estudos relacionados à internet e tecnologia, espelha uma realidade vital a ser levada em consideração na hora de desenvolver algum projeto. Segundo a pesquisa, que considerou os hábitos de 40 mil usuários de internet em 32 países (inclusive o Brasil) com idades entre 16 e 64 anos, 80% das pessoas possuem um smartphone e passam, em média, 1,84 hora por dia utilizando a internet no aparelho. Outro levantamento, dessa vez da agência de marketing social We Are Social², mostra que, só no Brasil, 39% dos usuários estão conectados via dispositivos móveis. No período da pesquisa, também divulgada em 2015, o número de acessos via mobile deu um salto de 109%: foi o ano em que as conexões móveis superaram os desktops.
Os dispositivos móveis são tão importantes no Brasil que os dados da We Are Social revelam existir mais smartphones do que pessoas no país. Ignorar essa realidade é desconsiderar um dos itens elementares na hora de definir uma estratégia de inbound marketing: as características das personas.
Portando, o habitual costume de desenvolver um site, por exemplo, primeiro para o desktop e depois talvez para o mobile é contrário a esta realidade apresentada. Claro que ninguém precisa necessariamente inverter a ordem desse processo (embora ele possa ser revisto). A questão é apenas que tal situação não deve ser desconsiderada. Tornar um site responsivo, desse modo, é obrigatório se a empresa está querendo considerar os aspectos de experiência do usuário e interface para ele. E de novo: os buscadores entendem isso ao mostrar os resultados para quem pesquisa. Quem tem site responsivo, fica melhor posicionado.
O importante é que você entenda que a experiência do usuário é um fator essencial muito além dessas questões técnicas, de agradar o motor de busca do Google, entre outras coisas. Se queremos impressionar e cativar o nosso público, é primordial que ele se sinta bem, é indispensável que você prepare tudo para que ele goste de estar nos seus canais. O restante é tudo consequência positiva e um prêmio para um trabalho bem desenvolvido.
Se você ainda tem dúvidas sobre UX e UI ou precisa de uma ajuda para adequar os seus projetos a essas características que apresentamos aqui, estamos à disposição para auxiliá-lo. Entre em contato conosco e descubra de que forma podemos fazer os seus canais proporcionarem a melhor experiência para seu público-alvo.