“Brainstorm” pode ser um filme, um álbum de Mitchel Musso ou uma banda de power metal da Alemanha. Mas o Brainstorming que vamos falar nesse texto é o de Alex Osborn. Está lá no Wikipedia: “O brainstorming, ou tempestade de ideias, mais que uma técnica de dinâmica de grupo, é uma atividade desenvolvida para explorar a potencialidade criativa de um indivíduo ou de um grupo, colocando-a a serviço de objetivos pré-determinados”. De acordo com Osborn, criador do conceito, o objetivo do brainstorming é estimular o encadeamento de ideias, facilitar o fluxo da imaginação do inconsciente para o consciente.
Steven Johnson, em seu famoso vídeo “De onde vêm as boas ideias”, aponta que essa técnica de reunir e discutir ideias já vem contribuindo há muito tempo para o desenvolvimento da humanidade. Ele cita que os cafés ingleses foram decisivos para o surgimento e propagação de um dos maiores florescimentos intelectuais dos últimos 500 anos — o iluminismo. “Era um espaço onde as pessoas de diferentes camadas sociais se encontravam e compartilhavam diferentes campos de conhecimento”, ressalta Johnson sobre os cafés e as possibilidades criativas desses espaços coletivos.
O escritor britânico Matt Ridley também acredita nessa mistura de ideias. Para ele, o motor do progresso humano e da prosperidade tem sido o acasalamento de ideais. “A sofisticação do mundo moderno não reside na inteligência ou imaginação individual, é um empreendimento coletivo”, ressalta Ridley em sua palestra “Quando as ideias fazem sexo”.
Tribunal de ideias
Voltando ao brainstorming de Osborn, há dois importantes princípios que se deve levar em consideração nesse processo: atraso do julgamento e criatividade em quantidade e qualidade. Esse último refere-se ao encadeamento de ideias — uma leva a outra. Nesse caso, quanto mais encadeamentos forem possíveis realizar, maior a possibilidade de aperfeiçoamento e maior a chance de encontrar boas ideias.
Já o primeiro princípio é sobre o adiamento das possíveis “más ideias”. O autor ressalta que, em sua fase inicial, uma grande ideia pode parecer loucura. Atrasando o julgamento e dando possibilidade dela amadurecer, é possível chegar a excelentes resultados. Osborn acredita que quando geramos uma ideia, é necessário ignorar as considerações quanto a sua importância, a sua usabilidade e a sua praticabilidade. Neste patamar, todas as ideias são iguais. É necessário atrasar o julgamento enquanto ainda não se terminou a geração das ideias.
Mas há quem defenda que essa falta de julgamento pode ser prejudicial ao processo criativo. É certo que, qual seja o seu posicionamento quanto o tempo ideal para julgar as ideias, em determinado momento terá que realizar um filtro e analisar as possibilidades.
Veja a seguir o vídeo da RSA falando sobre como, ao contrário do que defende o conceito de Osborn, críticas também podem ajudar no desenvolvimento de ideias.
Brainstorming me
Você pode decidir fazer um brainstorming consigo mesmo. Não necessáriamento sozinho, pois seu conhecimento é originado a partir de diversas fontes de conteúdo e experiências. Ainda que sem estar em um grupo de pessoas reunidas fisicamente, você pode juntar ideias suas e de outros a partir de pesquisas e busca por referências. Curadoria de conteúdo e remix de ideias fazem parte desse processo.
E se você gosta de se espelhar em bons exemplos em sua trajetória criativa, precisa conhecer o site Change Marks, que tem como objetivo inspirar as pessoas por meio das experiências de personalidades marcantes. São frases de notáveis como Steve Jobs, Bill Clinton, Henry Ford, Albert Einstein e muitos outros que grifaram seus nomes na história da humanidade. Imagine um brainstorming com esse time… São pensamentos que podem contribuir para engrossar a sua tempestade de ideias.
(de cima para baixo: Albert Einstein, Bill Clinton, Steve Jobs e Henry Ford)