Gestão do Conhecimento

Ativos intangíveis: a importância do conhecimento de uma empresa

Ativos intangíveis: a importância do conhecimento de uma empresa

O modo como uma empresa se impõe no mercado mudou ao longo dos anos. Se antes a parte física (patrimônio, terrenos, maquinários) era considerada principal, hoje o conhecimento produzido por ela é o que mais valoriza suas ações. Essa produção, denominada ativos intangíveis, é responsável por construir a riqueza de uma marca, trabalhando a confiança que o público sente em relação aos produtos e serviços oferecidos por ela.

Os conhecimentos de uma empresa acontecem em dois campos: interno e externo. O primeiro está relacionado à capacitação de funcionários, garantindo o crescimento individual e coletivo, aprimorando o know-how e, consequentemente, melhorando a qualidade administrativa da instituição. O segundo refere-se à comunicação com o mercado e a sociedade e, assim, ao fortalecimento da marca.

Para se ter uma ideia da importância dos ativos intangíveis na atualidade, basta observar que eles já constituem 80% do valor das empresas, enquanto há 40 anos essa taxa correspondia a, no máximo, 10%. O interesse nesse setor aumentou conforme a competição no mercado tornou-se cada vez mais acirrada, originando a necessidade das organizações diferenciarem-se dos concorrentes com produtos confiáveis e de qualidade.

Outro fator que exigiu maior atenção para os ativos intangíveis foi a evolução das tecnologias da informação, pois facilitou o treinamento de colaboradores e estreitou a relação entre a empresa e a sociedade. As plataformas digitais são, hoje, importantes aliadas nesse processo, uma vez que são uma das principais formas das empresas marcarem presença e propagarem ideais e valores.

De acordo com especialistas, investir em bens intangíveis é indispensável para uma organização manter-se no mercado e crescer economicamente. Pesquisas mostram que aquelas com maiores ativos intangíveis geram mais lucros para seus acionistas e constroem um verdadeiro valor para suas marcas.

Um caso clássico e que ilustra bem a importância dos valores intangíveis aconteceu em outubro de 1997, quando a Unilever comprou a Kibon por US$ 900 milhões à vista. Na época, esse conceito ainda era pouco compreendido e muitos executivos brasileiros desconfiaram do valor pago pela aquisição, uma vez que no ano anterior as vendas da Kibon atingiram US$ 332 milhões e o lucro era de apenas US$ 75 milhões.

O fato é que a Unilever pagou não apenas pela fábrica de sorvete em si, mas também pelo nome construído pela Kibon que era forte no mercado. Esse conceito consolidou-se ao longo dos anos e outras empresas importantes também ficaram conhecidas por investir nesse setor. Este é o caso da Coca-Cola, Disney, Apple e Natura, por exemplo.

Como falamos, o conceito de ativos intangíveis não é novo. Mas será que sua empresa está dando o real valor a ele? Já é hora de pensar em como o seu empreendimento investe na produção e na gestão do conhecimento interno. E não esqueça que é importante ter a estratégia certa e o acompanhamento de profissionais especializados para que bons resultados sejam alcançados.

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